Aleitamento Materno
- 20 de mai. de 2024
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A semana mundial de aleitamento materno acontece oficialmente entre os dias 01 e 07 de agosto em 120 países.
Criada em 1992 pela WABA (Aliança Mundial de Ação Pró-amamentação), tem como objetivo continuar validando o documento chamado “Declaração de Innocenti” que tem 4 objetivos principais:
· estabelecer um comitê nacional de coordenação da amamentação;
· implementar “10 passos para o sucesso da amamentação” em todas as maternidades;
· implementar o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno e todas as resoluções relevantes da Assembléia Mundial de Saúde;
· adotar legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.
Esse documento foi feito em 1990 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) com a ajuda de ações governamentais e não governamentais.
Para o ano de 2017 a WABA propõe 4 objetivos:
· INFORMAR: compreender a importância de trabalhar em conjunto
· ÂNCORA: reconhecer o seu papel e a diferença que você faz na sua área de trabalho
· SE EMPENHAR: chegar a outros para estabelecer áreas de interesse comum
· GALVANIZAR: trabalharmos juntos para alcançarmos os SDG´s (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) até 2030
A WABA convida nesse ano defensores, ativistas e líderes comunitários para juntos atrairmos o apoio político, atenção da mídia, participação dos jovens aumentando o apoio do grupo e seus objetivos.
A amamentação é uma forma sustentável de alimentação. Ela não gera custos à família e não contribui para a poluição industrial com a emissão de carbono e mudanças climáticas, além do gasto de energia pelos produtores de fórmula. Indo mais longe, a produção artificial desse leite leva a mais lixo nos oceanos afetando a vida marinha.
Em livre demanda o leite materno oferta toda a água que o bebê precisa e diferentemente das fórmulas, a família precisará ter acesso a água limpa, higiene e saneamento; o que sabemos serem precários nos países de terceiro mundo levando esses bebês e crianças as intoxicações, diarreias, desnutrição severa e morte antes dos 2 anos.
Além de ofertar todos os nutrientes para o bebê exclusivamente até os 6 meses e continuada até os 2 anos de idade, a amamentação evita a fome, desnutrição e a obesidade infantil e adulta. Sem falar de doenças como hipertensão e diabetes relacionadas a falta do leite materno na infância. A alimentação saudável aliada ao leite materno contribuem para o desenvolvimento mental e cognitivo.
A família e a sociedade devem apoiar a mãe que amamenta, otimizando o máximo possível esse processo. O seu sucesso gera na mãe uma sensação capacitadora e satisfatória pois ela própria controla a alimentação do seu bebê. Quando a mãe não recebe essa rede de apoio ou até mesmo é desencorajada antes dar início ao processo por histórias familiares, crenças ou falta de empatia, provavelmente essa fase estará fadada ao fracasso.
No ambiente de trabalho é a mesma coisa, a falta de apoio a mãe que amamenta, sem um local limpo e seguro para retirar o leite e poder armazená-lo, falta de creches perto do local do trabalho, gera baixa performance no trabalho e ainda muitas acabam por encerrar a amamentação nesse período do retorno ao trabalho.
A amamentação é uma forma de nutrição saudável, sustentável, viável e não polui o meio ambiente. Ela deveria ser algo natural principalmente nos países mais pobres, pois só assim poderíamos equalizar algumas questões como mortalidade infantil, qualidade de vida e aprendizagem.
Muitas mulheres, para não dizer uma boa parte delas, sofrem no início desse processo, e acabam não tendo acesso ou não querendo por não o julgar tão necessário, a grupos de apoio a amamentação (a maioria gratuitos), profissionais capacitados que vão até a casa dessa mãe resolver os problemas iniciais do aleitamento, técnicas que ajudam o bebê a aprender a mamar, banco de leite para não recorrer às fórmulas artificias, enfim, são muitas as saídas para poder ofertar tudo que um bebê precisa no início de sua vida que irá repercutir na sua fase adulta.
Não é apenas responsabilidade da mulher a mudança de pensamento e atitudes em relação a amamentação. Amamente, apóie a mãe que amamenta, espalhe as informações sobre amamentação e ajude o mundo a ser mais saudável!





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